trecho do livro
Magia Elemental − Ali Mohamad Onaissi
Um dia, achando que os guardanapos brilhavam em sua casa
sobretudo pela ausência, comprei alguns e levei−os num embrulho até sua
casa. Nós os cortamos, e ela(Helena) já queria pô−los em uso sem
debruá−los, mas, diante de meus protestos, pegou alegremente uma agulha.
Mal havia começado, bateu irritadamente com o pé sob a mesinha de costura,
dizendo:”Saia daí, seu palerma!” O que está havendo?, perguntei. “Oh, nada,
é apenas um bichinho elemental que está me puxando pelo vestido, a fim de
que eu lhe dê algo para fazer.” Mas que sorte, eu lhe disse, então estamos
bem arranjados; peça−lhe que faça a bainha dos guardanapos. Para quê se
amolar, se você não tem mesmo jeito para isso? Ela riu e me censurou, para
me punir por minha desonestidade, mas ela não quis lhe dar esse prazer ao
pobre e pequenino escravo sob a mesa, que só queria mostrar sua boa
vontade. Mas acabei convencendo−a. Ela me disse para recolher os
guardanapos, as agulhas e a linha a um armário envidraçado que tinha
cortinas verdes e se achava do outro lado do quarto. Voltei−me a sentar perto
dela, e a conversa retomou o tema único e inesgotável que enchia os nossos
pensamentos − a ciência oculta. Quinze ou vinte minutos depois, ouvi um
ruído parecido com gritinhos de camundongos debaixo da mesa, e HPB me
disse que ‘essa coisinha horrorosa’ terminara o seu serviço. Abri a porta do
armário e encontrei a dúzia de guardanapos debruada, e tão mal, que uma
simples aprendiz de costureira não teria feito pior. Mas as bainhas estavam
realmente feitas, e isso se passara no interior de um armário fechado a
chave, do qual HPB não se aproximara um só instante. Eram quatro horas da
tarde, e o dia ainda estava claro. Estávamos sozinhos no quarto, e ninguém
entrou ali enquanto tudo aquilo se passava.”
A verdade é relativa
porém consta em todos os lugares em que lá
estiverem aqueles que se unem ao PAE
"anônimo"
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