DIETAS

A maior mudança nos hábitos alimentares é passar de uma dieta com carne, para uma sem carne. Esse é, também, o primeiro passo no caminho espiritual.

O alimento libera energia ao corpo. Os que passam pelo processo purificador, regeneram o corpo e necessitam de menos alimentos, e, também, podem subsistir com alimentos mais delicados.

É um erro comer quando emocionalmente estamos perturbados ou mentalmente fatigados, pois, o benefício do alimento será anulado pelo malefício da má digestão.

A regra é a pessoa comer somente o que o seu corpo necessita. Sempre menos do que os costumes e a sociedade sugerem.

Ao se notar dores de cabeça, peso no estomago e sintomas físicos e mentais desagradáveis, deve se evitar este alimento e depois observar se houve alguma diferença.

O que comemos além do que o corpo necessita, não produz força nem trás benefício, ao contrário, prejudica e nos envenena.

Pessoas mais materialistas necessitam de alimentação pesada. As mais espiritualistas, de alimentação mais leve e digestível, para não entorpecer a sensibilidade.

A natureza procura curar o corpo através dos alimentos, mas a gulodice e o erro em se consumir excesso de alimentos, coloca obstáculos para que suceda este resultado desejável.

Quando ocorre de nos entregarmos à contínua e permanente excitação sexual como parte de nossa vida, em contraste com os animais selvagens, que apenas a experimentam em períodos específicos, a causa está no excesso de nutrientes muito fortes que são absorvidos pelo organismo.

Nem a carne, nem o álcool são indispensáveis para o corpo, nem à saúde, nem o paladar sofrerão com a sua ausência.

Reduzindo gradativamente seu consumo, ou eliminando-o de uma vez, o desejo por eles desaparecerá por completo com o tempo.

O sal – cloreto de sódio – é desnecessário na dieta. A maior parte das pessoas consome grande quantidade de sal por puro hábito. O sódio além de aumentar a pressão sangüínea contraindo os vasos sangüineos, faz com que o corpo retenha líquidos ocasionando hipertensão e desgastes sensíveis aos órgãos e células do corpo.

As leguminosas são muito apreciadas pelos vegetarianos, por serem ricas em proteínas e agradáveis ao paladar, mas são também produtoras de gases e algo indigestas. Devem ser ingeridas em pequenas quantidades.

Os alimentos deveriam ser ao natural. O aquecimentos artificial dos alimentos diminue as suas qualidades nutritivas, curadoras e vitalizadoras.

As frutas frescas deveriam amadurecer no pé. As frutas passas deveriam serem secas naturalmente ou ao sol.

Grãos, castanhas, frutas e legumes, provêm um regime alimentar completo. Algumas castanhas são excelentes fontes de proteínas. Sua indigestibilidade desaparecerá se forem moídas bem finas, ou, se quando cruas forem transformadas em manteiga.

O Bhagavad Gita, desde os tempos mais remotos, recomenda que a alimentação para os espiritualistas deve ser leve e de fácil digestão. Isto porque o estado do corpo exerce influencia sobre o estado da mente.

Um corpo habitualmente constipado, com os intestinos presos e sujos, recebe e difunde venenos mórbidos que, com o tempo, afetam não só os órgãos ligados diretamente a eles, mas também os sexuais, o sangue, o cérebro e os nervos. A luxúria é intensificada, idéias negativas são intensificadas.

A abstinência disciplinada de alimentos proibidos ou indesejáveis, não deve transformar-se em fonte de auto-tormento.

A pessoa que tem receio de modificar seus hábitos de vida, principalmente os de beber e comer, por medo de ser julgada esquisita, excêntrica ou fanática, esquece que cabe a ela mesmo e não aos outros a propriedade do seu corpo e a responsabilidade pelo seu bem estar.

À medida que a pessoa se aproxima da essência das coisas, mais entra em harmonia com a natureza. E se for fiel à sua própria inspiração, seu alimento será cada vez mais como a natureza o produz.

Não existe um limite padrão para a quantidade de alimento a ser ingerida e para a freqüência de refeições a ser adotada. Isso depende do tipo e da atividade da pessoa. Cada um deve descobrir o que a torna mais eficiente.

Alimentos inferiores e até prejudiciais têm sido consumidos por tanto tempo que a maioria das pessoas se viciou neles e, pelo uso continuo, passou a saboreá-los. É verdade que muitos destes alimentos fazem parte da dieta civilizada há gerações, mas a duração de um erro não justifica sua perpetuação.

O animal num matadouro ou perseguido por cães de caça fica cheio de medo. Isso afeta sua glândula produtora de adrenalina, que libera o material tóxico para seu corpo. Quem ingerir a carne deste animal poderá receber proteína e vigor, mas estará recebendo também material indesejável.

Nossos apetites tornaram-se pervertidos, nossos desejos por alimentos tornaram-se mórbidos, ingerimos quantidades das quais o corpo não tem necessidade real.

Os hábitos alimentares convencionais são padrões falsos que estabelecemos para viver. Poderíamos muito bem manter-nos com menor quantidade de proteínas ricas, concentradas e estimulantes.

O hábito de saber respirar é muito importante, pois, o oxigênio transforma o sangue venoso em arterial nos pulmões – hematose – dando lugar a uma espécie de combustão. O sangue toma o oxigênio e elimina o gaz carbônico gerado pelos detritos e matéria venenosa que recolheu de todas as partes do organismo. Se o ar não for suficiente aos pulmões, a corrente de sangue venoso não se purifica, ocasionando uma saúde imperfeita.

A carne é um alimento altamente putrefativo. Ela se decompõe muito mais rapidamente que legumes ou grãos. Se não for digerida e eliminada do corpo num período de tempo normal, esse fator putrefativo poderá ocasionar inúmeras doenças.

Os esquimós que só praticamente se alimentam de carne, aos 40 se acham encarquilhados e poucos atingem os 50 anos de vida.

O ácido úrico da carne proporciona reumatismo, gota, artrites e uricemia.

Da carne poderemos estar sujeitos a pneumonia bovina, febre aftosa, carbúnculos, cadaverina, bacilo de botuilismo, nervina etc.

Os animais se vingam da crueldade dos homens, presenteando-os com toxinas, capazes de produzir vômitos, diarréias, ansiedade epigástrica, secura na garganta, vertigens, cólicas.

Por ser rica em colesterol causam eczemas, moléstias hepáticas e enfartes do miocárdio.

A riquina e a tênia – solitária -, vermes causadores de enfermidades graves, usam a carne como passaporte para invadir o corpo.

O Homem não fabrica o amoníaco que neutraliza os ácidos que a carne produz. Em qualquer animal carnívoro este acido é produzido em abundancia na própria boca do animal, a fim de digerir mais rapidamente a carne.

Digestões suaves e rápidas, sensações de vigor, de paz, de serenidade e leveza são compensações para aqueles que ingressam no vegetarismo.

Nunca houve tantas mortes por doenças nos vasos sangüíneos e coração, isto porque a introdução de maiores quantidades do sangue dos animais no corpo humano.

Cientificamente, leite é sangue modificado e os ovos, pintinhos que não chegaram a nascer.

O açúcar é desmineralizante esclerosante. Comer pouco ou suprimir açúcar é resguardar-se contra a obesidade e os acidentes das coronárias.

A afirmação da fisiologia de que os tecidos precisam ser nutridos com proteínas para reparar o seu desgaste é um dogma bastante exagerado. Umas poucas gramas de proteínas são suficientes. Por ser muito rica em proteínas na alimentação do homem, o organismo precisa trabalhar mais para livrar-se deste excesso, gastando vitalidade desnecessária.

Se desejas mudar seus hábitos alimentares, faça-o sem pressa, procedendo prudentemente. Uma mudança brusca pode tumultuar se estado de equilíbrio. Vá aos poucos, mas, sem jamais recuar. Liberte-se ...





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