um eminente ocultista escreveu seu relato que foi publicado em Catena of Buddhidt Scriptures:
Nosso Senhor Buda disse: entre os muitos milhares de miríades de sistemas de mundos além destes existe uma região gloriosa chamada Sukhâvati. A região é cercada por sete linhas de muralhas, sete linhas de torres e sete linhas de árvores batidas pelo vento. Essa é a morada santa dos Arhats, governada pelos Tathâgatas, domínio dos Bodhisatvas [corpos de sabedoria]. Também existem ali sete lagos preciosos cujas águas cristalinas possuem, em cada lago, diferentes propriedades. Isso Oh! Sâriputra, isso é Devachan, flor divina cujo aroma se espalha nas sombras de todo o mundo. Quem nasce nessa região abençoada, quem atravessou a ponte dourada e alcançou as sete montanhas douradas, esses, são realmente afortunados; para esses, não mais haverá dor ou tristeza.
Apesar da descrição do Mestre, acima, ser alegórica, velada sob coloridas figuras de linguagem orientais, é possível encontrar no trecho algumas pistas que os modernos investigadores procuram decifrar. As sete montanhas de ouro podem se referir às 7 subdivisões do Plano Mental, separadas por barreiras impalpáveis ainda que reais [as muralhas, as árvores, as torres]. Os 7 tipos de águas cristalinas, de diferentes propriedades, representam diferentes poderes e condições da mente.
A raiz da flor que se espalha nas sombras da Terra significa que todo homem encontra seu correspondente celestial [seu Eu Superior]. Para isso, é necessário atravessa a ponte dourada, a fronteira que separa Devachan do mundo dos desejos [o Plano Físico]. Desaparecem, em Devachan, os conflitos entre superior e inferior, não há mais tristeza ou dor até que, mais uma vez, o homem escolhe reencarnar, deixando a morada dos Devas para trás.
A bem-aventurança intensa é a idéia que mais de perto se relaciona com as concepções de uma vida paradisíaca. De fato, Devachan é um mundo no qual, por sua própria constituição, o mal e a dor são impossíveis. ali, a criatura não somente é feliz, muito além disso, em Devachan cada um desfruta da plenitude espiritual de acordo com sua capacidade. Ali, uma pessoa somente aspira àquilo que é capaz de aspirar. Em Devachan compreende-se, enfim, alguma coisa sobre a verdadeira natureza da grande Fonte da Vida. Compreende-se, ainda que vagamente, num lampejo, o significado do Logos e o que Ele representa. Depois de vislumbrar o Logos a idéia que se tem da vida e do Ser nunca mais será a mesma. Qualquer pensamento que contrarie o conceito de Bem Universal torna-se abjeta.
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