Uma profecia não é um presságio, mas sim o repicar de um sino que desperta a consciência para os pontos que ela deve perceber com clareza
Mais que presságios, elas podem despertar a consciência
Uma profecia é uma chispa do fogo imaterial que se projeta na vida terrestre. Vem de níveis profundos, supramentais, e deve ativar nos seres núcleos internos que os levem a reconhecer o que ela aponta. Tem seu ciclo e cumpre certas funções. Não é perpétua. Pode refletir apenas um aspecto da energia criadora ou abarcar âmbitos mais amplos, sintetizando várias nuanças dessa energia. Por meio da profecia revela-se a face do raio da instrução e tece-se uma rede energética sutil que vibra numa frequência capaz de impulsionar as transformações evolutivas subjacentes ao que está sendo prenunciado. A profecia, porém, nunca visa manifestações formais. Qualquer construção externa é reflexo de algo que emerge e amadurece em níveis sutis.
Portanto, uma profecia não é um presságio, mas sim o repicar de um sino que desperta a consciência para os pontos que ela deve perceber com clareza. Há certas profecias que têm a função de expor situações facultativas, que uma vez reveladas à consciência externa do homem poderão não chegar a materializar- se, caso as opções corretas sejam por ele assumidas.
Os rumos da evolução do planeta e da humanidade captados dos mundos intemporais já estão lá realizados. O profeta que os transmite vive-os com a intensidade de um fato que toca diversos níveis de sua consciência; porém ele sabe que, nos níveis internos da existência, convivem com esses rumos evolutivos inúmeras outras possibilidades. O que se passará na vida formal será sempre uma síntese do melhor caminho encontrado para cada situação. O papel de um profeta é, portanto, traçar linhas sutis que auxiliem esse caminho a dirigir-se à meta determinada pela lei evolutiva. Um lado extremamente positivo das profecias é justamente esse: colocar os seres diante da oportunidade de ascensão interior.
Algumas profecias, manifestadas em obras nossas anteriormente publicadas, foram escritas por meio de contatos com um grupo interno. No decorrer do trabalho de captação das mensagens proféticas, os que foram canais para esses contatos interiorizaram- se de maneira especial e, pela percepção de imagens ou de fatos sem revestimentos formais, bem como pelos sonhos, o que precisava ser escrito era-lhes nitidamente revelado. Essas profecias não têm, portanto, autor nesta Terra, mas sim escribas. A presença da energia crística, salvífica, é, em seu texto, como um fio que mantém unidos os impulsos recebidos em momentos diversos.
Os que participavam desse trabalho percebiam que, no decorrer dos dias em que ele transcorreu, seus corpos tinham a sensibilidade intensificada a tal ponto que poderiam ser comparados a finíssimas taças de cristal, capazes de vibrar à brisa mais suave.
Uma grande carga psíquica era absorvida durante a captação, para ser transmutada. Essa carga instigava certos estados que exigiam decisão e firmeza para transcendê-los. Uma dor em regiões longínquas da Terra refletia-se às vezes como uma agulhada no coração dos escribas. Percebe-se, com tudo isso, como certas condições externas de quietude são necessárias para que trabalhos desse tipo possam emergir e aprofundar-se.
A humanidade é uma espécie de grupo-experiê ncia para o plano evolutivo. O que se passa com setores desse grupo dá referência à hierarquia espiritual da Terra sobre o que é facultado ocorrer em âmbitos mais amplos. A pressão sob a qual se vive nos presentes dias é um preparo para fases sucessivas, e tem-se de dar o máximo para que no éter planetário fiquem impressas as melhores possibilidades para o que virá.
Publicado em: "A verdade das profecias e os rumos da evolução planetária" - Trigueirinho - Jornal O Tempo -
recebi de Rosa (brasil2012)
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