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Mãos alquímicas



10 de setembro de 2013 às 16:53

O homem é como a mão: quatro dedos, representando o físico, vital, astral e mente concreta, tendo por oposição (e os tornando úteis) o polegar, (Atmã, Budhi, Manas), a consciência.
O perfeito equilíbrio só vem com a oposição, pois é a oposição que exterioriza o que precisa ser equilibrado.

E das três falanges do polegar, a primeira representa a vontade, a segunda amor-sabedoria(mental) e a terceira, a atividade(que se liga a palma da mão).
Assim, a vontade se assenta no amor-sabedoria, que só tem perfeita mobilidade quando integrada ao físico.

Para se chegar a Magna Opus, a Summa matéria, o Lapis philosoforum, que é a transmutação do Chumbo em Ouro em chumbo, quer dizer, transformar os impulsos mais básicos habitantes do Muladara na compreensão plena, do Sahashara, três elementos são a própria razão do processo: o Sal, representando a Terra, o corpo físico. O Enxofre representando a Lua, a alma, e o Mercúrio representando o Sol, o espírito.

Os alquimistas, por lidarem com metais, e por estarem em busca de metais, eram chamados de mineiros, e principalmente, depois da transmutação do ouro, buscavam o diamante, encerrado no mais profundo e secreto lugar do universo: seu próprio coração!

Acontece que, mesmo depois que o conhecimento tivesse sido transformado em sabedoria, e o caminho da transmutação se tivesse aberto ao mineiro, como em um abre-te sésamo, ainda assim, o diamante permanecia escondido.

A chave para encontrá-lo era (e é) o amor, pois o equilíbrio entre amor e sabedoria(a ciência de JHS) era o que humanizava o divino no humano, fazendo com que se transformasse em pai e mãe dele mesmo, um Dwija(um duas vezes nascido).

Assim, primeiro a paciência, para repetir(e refletir) muito e buscar. 

Segundo o conhecimento do método. 

Terceiro o conhecimento dos elementos. 

Quarto o conhecimento de si mesmo. 

Quinto a transmutação dos elementos. 

Sexto a transmutação de si mesmo. 

Sétimo a compreensão de tudo. 

Oitavo, o Nada, o Tudo, o Oitavo princípio.


Todos temos que ser na alquimia individual, alternadamente, Sal, Enxofre e Mercúrio. 

O Chumbo não se transforma em Ouro, ele encontra-se com o Ouro nos domínios de Mercúrio, o coração.
Do conjunto destes 3 elementos físicos, sai o elemento alquímico, e tudo só é possível, pela ação de Agni, o Fogo Sagrado.

Então, meus caros, paciência, com tudo e com todos, pois o que me impacienta é aquela parte de mim que vejo refletida no outro.

O amor então é aquilo que não tem nome, e que quando experienciado, vai ser sentido ou traduzido, dependendo do local onde se manifeste: 

Amor manifestado no Chumbo: paixão! Dirigido a uma pessoa!
Amor manifestado em Mercúrio: Compreensão! dirigido a todas as pessoas!

Amor manifestado no Ouro: Fraternidade! Dirigida a todos os seres, humanos inclusive!!

Mas o verdadeiro amor, o indescritível, o sem nome, é aquele que se manifesta no diamante, no Oitavo Princípio, e tem um equivalente em nosso idioma: neutralidade.

Fraterno abraços aos caros mineiros!


Jorge Antonio Oro

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